O trabalho seminal de Meese e Rogoff sobre previsibilidade da taxa de câmbio teve grande impacto na literatura de finanças internacionais. Os autores mostraram que previsões baseadas em modelos econômicos estruturais tinham um desempenho pior que um passeio aleatório ingênuo. Este resultado é conhecido na literatura como o quebra-cabeça de Meese-Rogoff. Ainda que a validade deste resultado tenha sido checado para um número grande de moedas, estudos para a moeda brasileira ainda não são tão comuns pois o Brasil adotou o regime de câmbio flexível apenas a partir de 1999. Rossi (2013) realizou um estudo amplo do quebra-cabeça proposto pelos autores mas não fez a análise dos dados brasileiros. O objetivo deste trabalho é simular um exercício de tempo real para investigar se as previsões basedas em modelos econômicos de determinação de taxa de câmbio que usam os fundamentos dos modelos desenvolvidos nos anos oitenta tem desempenho melhor que o modelo de passeio aleatório. O trabalho tem três diferenças principais em relação ao feito por ela. Utiliza-se a técnica de correção de viés e de combinação
de previsões na tentativa de melhorar a precisão das previsões. Também combina-se as previsões do passeio aleatório com as dos modelos estruturais. Entretanto os resultados obtidos continuam em linha com da autora. O presente trabalho mostra que não é difícil gerar previsões com melhor desempenho que um passeio aleatório com tendência (drift) mas é extremamente difícil bater o desempenho do passeio aleatório ingênuo (sem tendência). O trabalho sugere que é fortemente recomendado utilizar o passeio aleatório sem tendência em exercícios que visem avaliar o quebra-cabeça de Meese e Rogoff.
de previsões na tentativa de melhorar a precisão das previsões. Também combina-se as previsões do passeio aleatório com as dos modelos estruturais. Entretanto os resultados obtidos continuam em linha com da autora. O presente trabalho mostra que não é difícil gerar previsões com melhor desempenho que um passeio aleatório com tendência (drift) mas é extremamente difícil bater o desempenho do passeio aleatório ingênuo (sem tendência). O trabalho sugere que é fortemente recomendado utilizar o passeio aleatório sem tendência em exercícios que visem avaliar o quebra-cabeça de Meese e Rogoff.
Autores:
Emerson Fernandes Marçal,
Eli Hadad Junior
Veja:
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