Frente ao 3º trimestre de 2013, no entanto, PIB 'encolheu' 0,2%.
Gasto das famílias teve pior resultado desde 2008.
Gasto das famílias teve pior resultado desde 2008.
A economia brasileira saiu da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014. De julho a setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% na comparaçao com o trimestre anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A chamada recessão técnica acontece quando o PIB tem dois trimestres seguidos de queda. No primeiro e no segundo trimestres deste ano, houve quedas de 0,2% e 0,6%, respectivamente.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2013, houve queda no PIB, de 0,2%. De janeiro a setembro, a economia teve expansão de 0,2% frente ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado em quatro trimestres, a alta é de 0,7%. Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2014 alcançou R$ 1,289 trilhão.
O mercado financeiro já espera um crescimento fraco da economia para este ano. Segundo pesquisa feita pelo Banco Central com mais de cem instituições financeiras – o Boletim Focus – a previsão dos economistas é que o PIB tenha uma alta de 0,2% no ano.A divulgação do PIB do terceiro trimestre acontece um dia após o anúncio da nova equipe econômica do governo Dilma Rousseff. Na tarde de quinta-feira, o Palácio do Planalto anunciou, por meio de nota, os primeiros nomes de ministros da equipe do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff – Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini, que permanecerá como presidente do Banco Central, cargo com status de ministro.
Última divulgação com base antiga
O diretor de pesquisas do IBGE, Roberto Luís Olinto afirmou que a divulgação do terceiro trimestre de 2014 é a última que o órgão realiza com ano base 2000. A partir de março de 2015, o ano base para a divulgação regional e anual será o ano de 2010. De acordo com ele, a metodologia, no entanto, não muda.
O diretor de pesquisas do IBGE, Roberto Luís Olinto afirmou que a divulgação do terceiro trimestre de 2014 é a última que o órgão realiza com ano base 2000. A partir de março de 2015, o ano base para a divulgação regional e anual será o ano de 2010. De acordo com ele, a metodologia, no entanto, não muda.
"O que estamos fazendo basicamente é a introdução de novas fontes de dados e das recomendações internacionais. (...) Essa divulgação tem que seguir uma ordem onde incialmente vai ser apresentado, divulgado, só os dados anuais da série revista e, em seguida os resultados das contas trimestrais. Isso porque para ver a série trimestral é necessário fechar todas as contas anuais”, explicou Olinto.
Setores
Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi puxada pela indústria, que cresceu 1,7%. Os serviços também tiveram expansão, de 0,5%, enquanto a agropecuária recuou 1,9%.
Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi puxada pela indústria, que cresceu 1,7%. Os serviços também tiveram expansão, de 0,5%, enquanto a agropecuária recuou 1,9%.
Já pela ótica da demanda, houve queda no consumo das famílias, de 0,3%. Houve alta tanto dos gastos públicos, de 1,3%, quando do investimento, de 1,3%.
No que se refere ao setor externo, as exportações e as importações de bens e serviços cresceram, respectivamente, 1% e 2,4%.
Consumo das famílias
As famílias brasileiras consumiram menos no terceiro trimestre, registrando uma queda de 0,3% frente aos três meses anteriores. Este é o pior resultado desde o quarto trimestre de 2008 (quando houve queda de -2%), segundo Rebeca de La Rocque Palis, gerente da coordenação de Contas Nacionais do IBGE.
As famílias brasileiras consumiram menos no terceiro trimestre, registrando uma queda de 0,3% frente aos três meses anteriores. Este é o pior resultado desde o quarto trimestre de 2008 (quando houve queda de -2%), segundo Rebeca de La Rocque Palis, gerente da coordenação de Contas Nacionais do IBGE.
Na comparação com o período de julho a setembro de 2013, houve alta marginal, de 0,1%. O IBGE aponta que um dos fatores que contribuíram para esse resultado foi o aumento de 2,9% da massa salarial. O resultado, no entanto, é o pior desde o terceiro trimestre de 2003, quando houve queda de 1,3%, segundo Rebeca.
Indústria
Pela ótica da oferta, a indústria puxou a alta do PIB na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2014. O setor teve alta de 1,7%, com destaque para o crescimento de 2,2% da indústria extrativa mineral. Houve alta também na construção civil, de 1,3%. A indústria de transformação cresceu 0,7%, enquanto eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza teve alta urnana de 0,1%.
Pela ótica da oferta, a indústria puxou a alta do PIB na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2014. O setor teve alta de 1,7%, com destaque para o crescimento de 2,2% da indústria extrativa mineral. Houve alta também na construção civil, de 1,3%. A indústria de transformação cresceu 0,7%, enquanto eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza teve alta urnana de 0,1%.
Na comparação com o mesmo período de 2013, no entanto, a indústria encolheu 1,5%. A queda foi puxada pela indústria de transformação, que recuou 3,6%, reflexo principalmente da piora nas produções da indústria automotiva, produtos de metal, máquinas e equipamentos e metalurgia. Houve queda também de 5,3% na construção civil.
Ainda nessa comparação, eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza teve alta urbana teve crescimento de 0,6%, enquanto a indústria extrativa mineral teve expansão de 8,2%, com o aumento das extrações de petróleo e gás natural e de minerais ferrosos.
“A indústria está ainda com queda com relação ao ano anterior, mas os dados melhoraram em relação ao trimestre anterior. Até porque, no segundo trimestre tivemos menos dias úteis, tivemos paralisação por causa da Copa. O destaque foi para extrativa mineral. Foi o grande destaque da indústria. Do aumento tanto da extração de petróleo e gás quanto de minério de ferro”, explicou Rebeca .
Serviços
O setor de serviços também cresceu no terceiro trimestre, com alta de 0,5% frente aos três meses anteriores. O crescimento foi puxado por transportes, com alta de 1,4%, e intermediação financeira e seguros, que cresceu 0,6%.
O setor de serviços também cresceu no terceiro trimestre, com alta de 0,5% frente aos três meses anteriores. O crescimento foi puxado por transportes, com alta de 1,4%, e intermediação financeira e seguros, que cresceu 0,6%.
Houve crescimento de 0,5% também na comparação com o 3º trimestre de 2013, com destaque para intermediação financeira e seguros (3,2%), serviços imobiliários e aluguel (2,0%) e os serviços de informação (2,0%). Já no comércio (atacadista e varejista) houve queda de 1,8%.
Agropecuária
A produção no campo teve queda de 1,9% frente ao trimestre anterior. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2013, houve alta de 0,3%. Segundo o IBGE, esse resultado se explica pelo desempenho de alguns produtos que têm safra relevante no período e pela produtividade.
A produção no campo teve queda de 1,9% frente ao trimestre anterior. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2013, houve alta de 0,3%. Segundo o IBGE, esse resultado se explica pelo desempenho de alguns produtos que têm safra relevante no período e pela produtividade.
Fonte: G1
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