Este estudo objetivou verificar se as empresas brasileiras de capital aberto divulgaram informações sobre o teste de Impairment no goodwill, no período de 2009 a 2011. A elaboração de uma métrica com itens compulsórios de divulgação permitiu obter um índice de atendimento à norma e levantar quais informações as empresas têm divulgado. Os resultados indicam que em 2009 a maioria das empresas não evidenciou nenhuma informação exigida para o teste de Impairment no goodwill. No entanto, em 2010 e 2011, o percentual de empresas que nada evidenciaram sobre os procedimentos adotados para o teste decresceu. Aliado a isto, há indicativo de que o índice de evidenciação, em média, aumentou no decorrer do período analisado, porém mostra-se bastante heterogêneo. Informações sobre a taxa de desconto e a descrição da UGC não estiveram entre as informações mais evidenciadas. Os reflexos decorrentes de uma possível mudança na premissa-chave foi o item cuja divulgação foi a mais negligenciada pelas empresas em todos os anos. Como sugere a análise, esses resultados podem estar atrelados à adaptabilidade das empresas aos procedimentos de teste de Impairment, mas também podem decorrer das características de concentração de direitos de controle das empresas. Em linhas gerais, o aumento ao longo do período analisado no percentual de divulgação das premissas do teste de Impairment no goodwill não foi suficiente para reduzir as diferenças de divulgação apresentadas entre as empresas. Além disso, pôde-se perceber que muitas empresas não apresentaram consistência na divulgação dos itens da métrica de um ano para outro.
Josilene da Silva Barbosa,
Silvia Consoni,
Luciano Márcio Scherer,
Ademir Clemente
Veja:
http://www.repec.org.br/index.php/repec/article/view/1028
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