Por todos os cantos, vemos as pessoas alegarem que os problemas nas empresas são causados pelas falhas de comunicação ou pela falta dela. Se o projeto não ficou pronto no prazo, o gerente logo afirma que houve um desencontro nas informações, ou seja, problema de comunicação. Se o funcionário recentemente contratado vai reclamar ao RH que seu salário não é aquele que foi combinado na entrevista, o gestor desse departamento alegará que o novo empregado não entendeu bem as condições, ou melhor, teve dificuldade na comunicação.
Parece que ficou provado que a culpa é sempre dessa tal comunicação.
Mas, afinal de contas, quem ou o que é comunicação?
Antes de qualquer coisa, o mais importante de tudo é termos em mente que a comunicação não é uma entidade com vida própria que sobrevive alimentando-se da sabotagem nos relacionamentos pessoais e profissionais. Assim como as empresas, a comunicação é feita pelas pessoas. Portanto, a comunicação ineficaz ou falha ocorre por nossas limitações quando nos comunicamos.
Comunicação vem da palavra latina comunicare, que significa compartilhar, tornar comum. Para o ser humano, a comunicação é como os sentimentos, pensamentos, as ideias, emoções são compartilhadas e, assim, como ele se relaciona com o outro. Através da comunicação, o homem perpetua sua história, dá exemplos através de suas experiências, convence o outro, negocia, comercializa, enfim, sobrevive. Além disso, a comunicação é necessária por ser a maneira como interagimos com os outros, afinal, nascemos para viver em sociedade.
Retornando ao aspecto profissional e aos desastres atribuídos à comunicação mal realizada nas empresas, não são apenas as habilidades de falar e escrever bem e o hábito de leitura que garantem a boa comunicação. Na verdade, quando agregamos o conceito de comportamento, temos a Comunicação Comportamental, um processo dinâmico que determina a qualidade dos relacionamentos profissionais.
Assim, a linguagem corporal, a habilidade de escutar o outro com atenção, o relacionamento com pessoas difíceis, marketing pessoal, autoconhecimento e motivação são os pilares da Comunicação Comportamental.
Por exemplo, um profissional de Vendas que não atinge suas metas pode não ter desenvolvido sua habilidade de escutar o cliente com atenção, e todos sabemos que o cliente quer suas necessidades conhecidas, ou seja, que alguém o escute. Um profissional responsável por um departamento e por uma equipe pode acreditar que, retendo informações, terá salvaguardado seu poder. Um atendente que reage grosseiramente diante da reclamação de um cliente deve achar que a queixa tem fundo pessoal, desconhecendo princípios básicos de lidar com conflitos.
Poderíamos seguir infinitamente com exemplos de comunicação defeituosa, mas nosso ponto aqui é mostrar que o desenvolvimento das habilidades profissionais de comunicação comportamental é feito nas pessoas. Como consequência, as falhas diminuirão consideravelmente e a tal da comunicação deixará de ser acusada sem fundamentos.
Apesar de nosso enfoque ser o âmbito profissional, todo esse desenvolvimento é também aplicado com sucesso na vida pessoal.
Apesar de nosso enfoque ser o âmbito profissional, todo esse desenvolvimento é também aplicado com sucesso na vida pessoal.
Gino Cammarota
Formado em Direito pela Faculdade de Direito da USP, em Psicanálise Integrativa pela SBPI – Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa e como palestrante pela Academia do Palestrante de São Paulo. Atuou durante mais de vinte anos nas áreas de marketing, vendas, treinamento, trade marketing, promoção e eventos. Atualmente, ministra cursos, treinamentos e programas de apoio profissional na PS Comunicação Profissional, da qual é sócio. Tem como base a Comunicação Comportamental e os Relacionamentos Interpessoais no ambiente de trabalho para realizar as diversas atividades da empresa. Também faz atendimento psicanalítico na clínica social da escola em que estudou e ministra aulas das teorias psicanalíticas de Sigmund Freud e Melanie Klein. Além disso, ocupa o cargo de Diretor de Marketing da ANGETH – Associação Nacional dos Gestores de Talentos Humanos.
Formado em Direito pela Faculdade de Direito da USP, em Psicanálise Integrativa pela SBPI – Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa e como palestrante pela Academia do Palestrante de São Paulo. Atuou durante mais de vinte anos nas áreas de marketing, vendas, treinamento, trade marketing, promoção e eventos. Atualmente, ministra cursos, treinamentos e programas de apoio profissional na PS Comunicação Profissional, da qual é sócio. Tem como base a Comunicação Comportamental e os Relacionamentos Interpessoais no ambiente de trabalho para realizar as diversas atividades da empresa. Também faz atendimento psicanalítico na clínica social da escola em que estudou e ministra aulas das teorias psicanalíticas de Sigmund Freud e Melanie Klein. Além disso, ocupa o cargo de Diretor de Marketing da ANGETH – Associação Nacional dos Gestores de Talentos Humanos.
Fonte: RH
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