O objetivo desse artigo é investigar as relações entre as políticas monetárias e macroprudenciais e o setor bancário da economia brasileira, explorando a estrutura cross-section como fonte de inter-relações entre aspectos sistêmicos daquelas políticas e o comportamento dos bancos. Funções impulso-respostas são computadas por estimações VAR em painel para 56 instituições que atuaram no mercado bancário brasileiro entre 2001 e 2013. Dentre os resultados, pode-se destacar a influência das políticas monetária e macroprudencial sobre os níveis de exposição a riscos financeiros, capital e estabilidade financeira dos bancos. Há uma complementaridade entre os instrumentos daquelas políticas e a estabilização da inflação. As relações envolvendo métricas bancárias revelam preferência por liquidez em contextos de maior risco, indícios de uma estrutura bancária competitiva e a formação de buffers de capital que favorecem a estabilidade financeira. Isso ratifica a importância da exigência de capital como instrumento para manutenção de um sistema financeiro estável.
Autores:
Fernando da Silva Vinhado,
José Angelo Divino
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