Numa pesquisa feita com mais de 500 representantes do alto escalão das maiores empresas em atividade no país, empresários e executivos admitem que suas equipes estejam desmotivadas. 85% dos principais dirigentes de grandes empresas admitem que a falta de motivação seja o grande entrave para se atingir objetivos.
Aceitar pessoas acomodadas, que não estão atuando com a motivação necessária, prejudica a saúde da empresa no longo prazo. E sabemos que a pior doença é aquela que é crônica, que não afeta o curto prazo, mas corrói aos poucos a competitividade do negócio.
A motivação tem que estar tinindo para enfrentar problemas de ordem externa, sabedores de todos como uma carga tributária asfixiante, falta de infraestrutura e um ambiente externo bastante complicado seja de mercado, política econômica, juros e até de situações adversas que alguns teimam em chamam de crise.
Quais são os antídotos que podem ser usados contra a falta de energia e engajamento dos funcionários? Como resposta, imagino a transparência da liderança, a definição clara de objetivos e mesmo a menor complacência quando resultados não são atingidos. O remédio é envolver (comprometer) mais os funcionários com os valores e com a missão da empresa. Embora a Gestão de Pessoas faça parte do discurso de boa parte dos dirigentes ela parece estar distante da prática.
O principal gatilho da motivação é mesmo o desafio. Muitas vezes as metas são pouco ousadas, e as coisas não funcionam. Mas, quando as pessoas são tratadas como parceiras trabalhando juntas com outras - mesmo se fisicamente distantes -, a motivação delas aumenta, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade Stanford.
Quem tem trabalhado o foco nas organizações tem se dado melhor. Foco combina com metas. Mas é preciso entender que o foco está no presente e a meta está no futuro.
Quem tem trabalhado o foco nas organizações tem se dado melhor. Foco combina com metas. Mas é preciso entender que o foco está no presente e a meta está no futuro.
E hoje ainda vivemos o conflito das gerações. As empresas trabalharam com pessoas da geração baby boomers, passaram pela geração X, ou seja, os jovens da década perdida de 70/80. Falamos assim pela estagnação econômica que o país passou. Enfim estamos com os jovens da geração Y, os jovens digitais.
E agora os jovens da geração Z, com idade entre 16 e 20 anos, já estão começando a entrar no mercado de trabalho - e isso vai exigir que empresas façam mais do que repetir comportamentos e práticas adotados na gestão da geração Y para atrair e reter esses novos profissionais.
Ainda que a grande maioria dos profissionais de ambas as gerações considere que a tecnologia os ajuda a atingir seus objetivos, ela também se mostra uma importante distração no trabalho, ainda que de formas diferentes.
Jovens da geração Y consideram o e-mail o principal vilão do foco (31%), seguido do Facebook (28%) e de programas de troca de mensagens instantâneas (25%). Já 37% dos mais novos consideram as mensagens instantâneas a maior distração, seguido do Facebook (33%) e só então do e-mail, escolhido por apenas 13%.
Já algumas coisas não apresentam tanta diferença. Segundo um estudo sobre o tema, principalmente no que se refere a forma de gerir esses profissionais, a honestidade é a qualidade mais importante para um bom líder na opinião de mais da metade de ambas as gerações, e exibir uma visão sólida do trabalho a ser feito e ter boas habilidades de comunicação são os próximos aspectos mais importantes para os jovens de todas as idades.
O grande desafio dos líderes é esse, integrar estas equipes, motivar, impactar e provocar desafios. Você pode não pegar na massa, mas tem que entender da massa para liderar. Existem pessoas que não sabem e não perguntam... Outras sabem e não ensinam. E ainda há piores, aquelas que ensinam e não fazem. Ninguém tem direito de ensinar aquilo que não sabe fazer.
Muitas empresas estão focadas em reduzir custos e em aumentar a produtividade.
Existe um esforço nesse sentido, que passa por envolver a equipe de trabalho para que eles se sintam mais comprometidos. Mas, neste caso torna-se necessário dividir responsabilidades, mas também oferecer uma remuneração condizente. Fundamental aí o papel da liderança, que deve trabalhar todo o contexto das gerações. Saber aceitar diferenças individuais e trabalhar o potencial de cada um em prol da equipe e dos resultados.
O fato de todos estarem atuando para apagar incêndios faz com que o sentido das ações no longo prazo (planejamento) se perca, o que acaba desmotivando as equipes. Uma conjuntura de mercado recessivo não é necessariamente ruim para os gestores, pois pode ser usado para "arrumar a casa", pois quando as empresas estavam registrando forte crescimento não havia tempo para exercer uma gestão de mais qualidade.
Muita gente foi contratada para acelerar a produção e outros foram promovidos por necessidade, mesmo sem estarem devidamente preparados para isso. É possível que hoje seja um bom momento para identificar quem forma seu quadro, quem são seus talentos e reter os melhores. Talvez seja mais difícil encontrar neste cenário a verdadeira ideia de sucesso. Mas certamente uma ideia de fracasso é manter todos quando nem todos são bons. Ou seja, é preciso separar o joio do trigo. É preciso ter coragem para admitir erros e mesmo demitir pessoas.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
Gilclér Regina
Autor de livros como Sua vida não é uma questão de sorte e A arte de saber viver da Editora Gente, realiza mais de 100 palestras por ano e já vendeu aproximadamente 3 milhões de livros e CD's motivacionais. Palestrante requisitado em Convenções e Congressos de todo o país.
Fonte: RH
http://www.rh.com.br/Portal/Motivacao/Artigo/9551/o-gatilho-da-motivacao-e-o-desafio.html#
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