Todo número apresentado nos debates é imediatamente contestado com “os números são outros” ou pior ainda “os números apontam justamente o contrário”. Uma das primeiras coisas que fazemos em administração é implantar o que se chama Contabilidade Gerencial, para que todos na empresa usem os mesmos dados confiáveis. Não é o que acontece no Brasil. Os economistas do Aécio supriram-no com uns dados “confiáveis”, os economistas da Dilma supriram-na com seus dados confiáveis, e nós telespectadores ficamos com a impressão de que um dos dois não tem a menor ideia do que está falando. Por isto na Administração Responsável das Nações, a Contabilidade Gerencial é entregue a Contadores, uma classe independente e responsabilizada se cometer erros. No Brasil estes indicadores são levantados pelos próprios economistas dos partidos políticos, como os índices de inflação que eles têm obrigação de combater. Os índices de inflação do Brasil não são coletados por Contadores que entendem de agregar números, e sequer são auditados por auditores independentes. Algo que uma Administração Responsável das Nações faria de imediato. O que por si só reduziria os juros e as expectativas inflacionárias. No Brasil são coletados pelos próprios, por isto não são confiáveis. Eu sei que os economistas que ainda seguem o meu blog vão dizer que não dá para confiar em Contadores, mudando totalmente o assunto, e atacar em vez de refletir. Mas nunca encontrei um economista que conseguisse pensar fora da sua caixinha. Mas o que mais me enoja, e este é o termo, é que tenho usado o termo “Administração Responsável das Nações”, título do meu próximo livro há mais de um ano e, Nenhum diretor de Faculdade de Administração me procurou perguntando se eu não gostaria de transformar isto num curso. Nenhum diretor de Faculdade de Economia me procurou perguntando se eu não gostaria de transformar isto num curso. Nenhum partido político, com exceção do Partido Novo, mostrou interesse. Nenhum dos 400 jornalistas econômicos que seguem o meu blog sequer mandou um e-mail querendo saber mais. E aí vocês da esquerda e de direita ficam se digladiando no Facebook achando que com um de vocês no poder teremos um Brasil mais justo e responsável.
Nojento! -
Stephen Charles Kanitz
(São Paulo, 31 de janeiro de 1946) é um consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.
Em 1974 foi um dos precursores de análise de risco e crédito com seu artigo "Como Prever Falências", na Revista Exame 12/1974 que ficou conhecido como o Termômetro de Kanitz. Análise de risco abriu a possibilidade de crédito a pequenos empresários e pessoas mais pobres, antes dispensada somente àqueles mais ricos da população.
Em 1975 criou a edição anual Melhores e Maiores da revista Exame, determinando as empresas com melhor desempenho global de cada ano, iniciando no Brasil o movimento conhecido como benchmarking, seis anos antes de Tom Peters fazer o mesmo nos Estados Unidos em 1981, com o seu livro Em busca da Excelência.
Em 1992 foi um dos líderes que disseminou o conceito de Responsabilidade Social das Empresas, criando o primeiro site de voluntariado, www.voluntarios.com.br, e o primeiro site de doações on line na internet, o www.filantropia.org.
Em 1995 criou o Prêmio Bem Eficiente, que anualmente premia as 50 melhores entidades beneficentes do Brasil, e ajudou a colocar o terceiro setor na agenda jornalística do país.
Em 1994 publicou O Brasil que Dá Certo, que chegou a 32a. edição e lhe deu o Prêmio Jabuti de 1995. Foi um dos poucos que previu o sucesso do Plano Real, que iria erradicar definitamente a inflação no país, que a bolsa cresceria 10 vezes nos 10 anos seguintes e que o futuro empresarial seria fornecer produtos populares para os mercados de baixa renda.[1]
Tornou-se conhecido no Brasil principalmente por sua coluna na revista Veja, na qual foi colunista entre 1998 e 2009, na seção Ponto de Vista.
Escreveu em parceria: com Cecilia Akemi, Edison Castilho, Eliseu Martins, Lázaro Plácido Lisboa, Luiz Benatti, Nena Gerusa Cei, Sérgio de Iudícibus, Contabilidade introdutória (livro texto e livro-exercício) - Editora Atlas
http://blog.kanitz.com.br/debate/#sthash.69PjnKgk.dpuf
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