Observa-se que é crescente, nas empresas, o investimento em soluções de trabalho baseadas em tecnologias móveis. Apesar disso, a literatura nacional e internacional carece de estudos empíricos que abordem os impactos dessa tendência sobre indivíduos e organizações. Este artigo relata os resultados de um estudo exploratório sobre as experiências de 42 profissionais usuários de telefones inteligentes corporativos. A análise das experiências dos participantes revelou que, embora o uso dos telefones inteligentes promova a sensação de alívio da sobrecarga de correio eletrônico e agilize a troca de informações, seu uso permitiu também que houvesse uma extensão considerável das horas de trabalho além do expediente regular e do contexto social onde se dá tradicionalmente. Além de propiciar um enfraquecimento da fronteira entre a vida pessoal e profissional, a tecnologia estudada pareceu estimular o estabelecimento de comunicações mais rápidas e superficiais e a intensificação das demandas de trabalho.
Autores:
Flávia de Souza Costa Neves Cavazotte,
Ana Heloísa da Costa Lemos,
Marcelo da Silva Brollo
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