Maria Carmem Tavares Christóvam - Diretora da Gênesis Consultoria Educacional.
O maior desafio do gestor contemporâneo é fazer com que as pessoas adotem um novo modelo mental e o incorporem diante das inúmeras mudanças com as quais terão que lidar. Como diz Kotter "introduzir uma nova dinâmica: ver, sentir, pensar - para impulsionar a ação, ao mostrar às pessoas razões poderosas para a mudança, que desencadeiam suas emoções". (Mário Quintana)Os processos de mudança, crescimento, desenvolvimento e maturidade organizacional vêm sendo estudados pelos vários campos do conhecimento: na Administração, na Sociologia, na Biologia, na Física, entre outras áreas das ciências. Todas elas imbuídas em criar co-relações entre o pensamento científico e os princípios gerenciais das instituições. Com o advento da sociedade do conhecimento, a interatividade é estabelecida, derrubando as barreiras limitadoras do espaço físico e criando um clima propício ao diálogo a uma nova forma cooperativa de disseminação do conhecimento. Mas, a informação em si não pode ser considerada fator de sucesso empresarial.Na observação dos fatores que estão por trás das dinâmicas de organizações que crescem, notamos um ponto comum em todas elas: são instituições que ensinam e aprendem. Equipes ensináveis são capazes de inovar sempre, independente de circunstâncias externas ou internas e possuem o espírito de cooperação e não de competição entre si. Possuem a mentalidade da abundância: uma profunda convicção de que existem recursos criativos, intelectuais e humanos para realizar os processos necessários e que o meu sucesso não significa necessariamente o fracasso para os outros, uma vez que o sucesso dos outros não impede o meu.
A mentalidade da abundância, muitas vezes é o que faz a diferença entre a excelência e a mediocridade, principalmente porque elimina o raciocínio mesquinho e as relações agressivas dentro das empresas. Quanto mais nos baseamos em princípios mais desenvolvemos uma mentalidade de abundância, mais gostamos de dividir o poder e o reconhecimento. Ficamos realmente satisfeitos pelo sucesso, pelo bem-estar, pelas realizações, pelo reconhecimento e pela notoriedade dos outros. Acreditamos que o sucesso destes vem acrescentar e não subtrair em nossa vida.O conceito de instituição que aprende articula-se com o conceito de instituição que ensina. Aprender é assumir o controle do aprendizado e ter o senso de responsabilidade de levá-lo a outra pessoa ou a outros públicos.
As informações multiplicam-se a cada dia (velocidade) e precisamos aprimorar nossos conhecimentos no mesmo ritmo (escala), para não sermos sobrepujados à famosa lata de lixo da história. A empresa que ensina, ao articular estas duas dimensões - velocidade e escala, estabelece um sistema interativo de aprendizagem com toda a sua comunidade e rede de relacionamentos. Ou seja, a organização pode vir a ser um espaço por excelência, para onde devem convergir todas as informações interessantes ao desenvolvimento do seu negócio. O gestor em uma organização possui um conjunto de conceitos e valores a serem ensinados ou partilhados. Eles dão sustentação às ideias, mas as ideias não são tudo. As formas como os funcionários aprendem, recebem ou percebem essas ideias não são lineares. Aprendizes precisam estar motivados e inspirados para gerar comprometimento que, por sua vez, gera alinhamento estratégico, ao que podemos chamar de "sentido de propriedade conjunta". Esse é o ciclo do ensino virtuoso. Hoje, fala-se muito em criatividade, competência indispensável à inovação. Mas, afinal qual a definição mais exata do que seja criatividade? Penso que CRIATIVIDADE É A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE FORMA ORIGINAL E COM VALOR RECONHECIDO.
Torna-se impossível estabelecer estratégias competitivas, se os indivíduos não puderem exercer sua criatividade para criar novas ideias. Somente num clima de inovação viabilizam-se boas ideias, que serão transformadas em negócios. A organização (cultura e liderança), as equipes (gestão de processos e integração) e o indivíduo (perfil profissional e êxito pessoal) são elementos fundamentais para inovação. Segundo Eunice Soriano de Alencar, Profª. da Universidade Católica de Brasília e Doutora em Criatividade, "criatividade, que é uma habilidade crítica dadas as características de complexidade, incerteza, turbulência, mudança, progresso e competição que caracterizam o ambiente do trabalho e a sociedade maior não tem recebido a atenção devida. A sua importância, entretanto, é de tal magnitude que ela tem sido considerada como uma habilidade de sobrevivência para o próximo milênio e o advento de uma era da criatividade tem sido apontado por futurologistas diversos. Estar preparado para solucionar problemas e solucioná-los de forma criativa é, sem sombra de dúvida, algo indispensável no cenário deste novo milênio, onde inovar é uma palavra de ordem".A motivação e comprometimento dos indivíduos é um dos fatores mais críticos na busca da inovação. Entraves nos relacionamentos, bloqueios e inibições, entre outros fatores, fazem com que colaboradores não tenham interesse suficiente para apresentar melhores resultados na execução de suas atividades. Como inspirá-los? Quais as práticas que a empresa deve adotar para superar obstáculos pessoais e organizacionais e propiciar um clima descontraído?A resposta está na complexidade e definição da função gerencial, que apesar de tantos avanços permanece ainda em patamares falaciosos do militarismo. Em práticas centralizadoras que inibe o crescimento das pessoas ao redor. Mudar a prática de gestão significa mudar o modelo de atuação do líder. Mais complexo ainda é avaliar a atuação do gestor que hoje são nomeados e dispensados como técnicos de futebol.
Publicado em 02/08/2010 no www.RH.com.br.
http://www.rh.com.br/Portal/imprima.php?cod=6714
O maior desafio do gestor contemporâneo é fazer com que as pessoas adotem um novo modelo mental e o incorporem diante das inúmeras mudanças com as quais terão que lidar. Como diz Kotter "introduzir uma nova dinâmica: ver, sentir, pensar - para impulsionar a ação, ao mostrar às pessoas razões poderosas para a mudança, que desencadeiam suas emoções". (Mário Quintana)Os processos de mudança, crescimento, desenvolvimento e maturidade organizacional vêm sendo estudados pelos vários campos do conhecimento: na Administração, na Sociologia, na Biologia, na Física, entre outras áreas das ciências. Todas elas imbuídas em criar co-relações entre o pensamento científico e os princípios gerenciais das instituições. Com o advento da sociedade do conhecimento, a interatividade é estabelecida, derrubando as barreiras limitadoras do espaço físico e criando um clima propício ao diálogo a uma nova forma cooperativa de disseminação do conhecimento. Mas, a informação em si não pode ser considerada fator de sucesso empresarial.Na observação dos fatores que estão por trás das dinâmicas de organizações que crescem, notamos um ponto comum em todas elas: são instituições que ensinam e aprendem. Equipes ensináveis são capazes de inovar sempre, independente de circunstâncias externas ou internas e possuem o espírito de cooperação e não de competição entre si. Possuem a mentalidade da abundância: uma profunda convicção de que existem recursos criativos, intelectuais e humanos para realizar os processos necessários e que o meu sucesso não significa necessariamente o fracasso para os outros, uma vez que o sucesso dos outros não impede o meu.
A mentalidade da abundância, muitas vezes é o que faz a diferença entre a excelência e a mediocridade, principalmente porque elimina o raciocínio mesquinho e as relações agressivas dentro das empresas. Quanto mais nos baseamos em princípios mais desenvolvemos uma mentalidade de abundância, mais gostamos de dividir o poder e o reconhecimento. Ficamos realmente satisfeitos pelo sucesso, pelo bem-estar, pelas realizações, pelo reconhecimento e pela notoriedade dos outros. Acreditamos que o sucesso destes vem acrescentar e não subtrair em nossa vida.O conceito de instituição que aprende articula-se com o conceito de instituição que ensina. Aprender é assumir o controle do aprendizado e ter o senso de responsabilidade de levá-lo a outra pessoa ou a outros públicos.
As informações multiplicam-se a cada dia (velocidade) e precisamos aprimorar nossos conhecimentos no mesmo ritmo (escala), para não sermos sobrepujados à famosa lata de lixo da história. A empresa que ensina, ao articular estas duas dimensões - velocidade e escala, estabelece um sistema interativo de aprendizagem com toda a sua comunidade e rede de relacionamentos. Ou seja, a organização pode vir a ser um espaço por excelência, para onde devem convergir todas as informações interessantes ao desenvolvimento do seu negócio. O gestor em uma organização possui um conjunto de conceitos e valores a serem ensinados ou partilhados. Eles dão sustentação às ideias, mas as ideias não são tudo. As formas como os funcionários aprendem, recebem ou percebem essas ideias não são lineares. Aprendizes precisam estar motivados e inspirados para gerar comprometimento que, por sua vez, gera alinhamento estratégico, ao que podemos chamar de "sentido de propriedade conjunta". Esse é o ciclo do ensino virtuoso. Hoje, fala-se muito em criatividade, competência indispensável à inovação. Mas, afinal qual a definição mais exata do que seja criatividade? Penso que CRIATIVIDADE É A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE FORMA ORIGINAL E COM VALOR RECONHECIDO.
Torna-se impossível estabelecer estratégias competitivas, se os indivíduos não puderem exercer sua criatividade para criar novas ideias. Somente num clima de inovação viabilizam-se boas ideias, que serão transformadas em negócios. A organização (cultura e liderança), as equipes (gestão de processos e integração) e o indivíduo (perfil profissional e êxito pessoal) são elementos fundamentais para inovação. Segundo Eunice Soriano de Alencar, Profª. da Universidade Católica de Brasília e Doutora em Criatividade, "criatividade, que é uma habilidade crítica dadas as características de complexidade, incerteza, turbulência, mudança, progresso e competição que caracterizam o ambiente do trabalho e a sociedade maior não tem recebido a atenção devida. A sua importância, entretanto, é de tal magnitude que ela tem sido considerada como uma habilidade de sobrevivência para o próximo milênio e o advento de uma era da criatividade tem sido apontado por futurologistas diversos. Estar preparado para solucionar problemas e solucioná-los de forma criativa é, sem sombra de dúvida, algo indispensável no cenário deste novo milênio, onde inovar é uma palavra de ordem".A motivação e comprometimento dos indivíduos é um dos fatores mais críticos na busca da inovação. Entraves nos relacionamentos, bloqueios e inibições, entre outros fatores, fazem com que colaboradores não tenham interesse suficiente para apresentar melhores resultados na execução de suas atividades. Como inspirá-los? Quais as práticas que a empresa deve adotar para superar obstáculos pessoais e organizacionais e propiciar um clima descontraído?A resposta está na complexidade e definição da função gerencial, que apesar de tantos avanços permanece ainda em patamares falaciosos do militarismo. Em práticas centralizadoras que inibe o crescimento das pessoas ao redor. Mudar a prática de gestão significa mudar o modelo de atuação do líder. Mais complexo ainda é avaliar a atuação do gestor que hoje são nomeados e dispensados como técnicos de futebol.
Publicado em 02/08/2010 no www.RH.com.br.
http://www.rh.com.br/Portal/imprima.php?cod=6714
Um comentário:
Legal ver meu texto em seu Blog com autoria reconhecida. Abraços,
Profa. Maria Carmem
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