
É senso comum que a rotatividade gera despesas para a organização, mas poucos sabem exatamente qual a dimensão disto, principalmente porque nem todos se lembram de que, além dos custos óbvios com rescisão, multas, férias, impostos etc., a empresa também tem que arcar com a substituição deste profissional. Portanto, quando você for contabilizar as despesas com sua rotatividade considere também:
- Horas do gestor no processo de feedback e desligamento.
- Horas para procedimentos internos de desligamento (sistemas, comunicação interna, etc.).
- A queda da produtividade geral pela ausência de alguém, realizando as atividades que eram de responsabilidade do desligado.
- A queda da produtividade da equipe em decorrência do impacto emocional do desligamento.
- A perda do investimento realizado no treinamento, na capacitação e no desenvolvimento do profissional desligado.
- A exposição que pode ser causada pelas informações internas que o funcionário leva com ele sobre a empresa, talvez até mesmo para o concorrente. Em alguns casos, como é comum na área comercial, pode levar até mesmo a carteira de clientes.
- O Recrutamento & Seleção do novo profissional.
- O processo admissional do novo funcionário.
- A integração do contratado junto à equipe e adaptação aos valores corporativos.
- A capacitação do novo profissional para realizar as atividades que serão de sua responsabilidade (estima-se que leve, no mínimo, seis meses até que uma pessoa possa atingir a plenitude de seu desempenho profissional).
Então? Já fez as contas?
Em virtude da amplitude de informações e dados, é difícil afirmar com precisão o quanto isto custará para a sua empresa. Em 2005, um estudo realizado nos Estados Unidos pela Watson Wyatt Worldwide, estimou que no país (com leis trabalhistas diferentes das brasileiras), além dos custos diretos com o processo rescisório, a empresa dispenderia entre 40% e 48% do salário do funcionário com o processo.
Porém, é claro também que, quanto maior a remuneração, o nível de responsabilidade, e a quantidade de informações estratégicas que o profissional detém, maior será este custo. Além disto, é fundamental considerar que esta despesa é irrecuperável, a menos que o novo funcionário apresente desempenho superior o suficiente, o que raramente acontece.
Quando perguntamos para nossos clientes como está a rotatividade na empresa, é comum recebermos como resposta que existe sim, mas que na maior parte é por iniciativa da própria companhia, como se, pelo fato de ser uma escolha da organização, a ação merecesse ressalva.
Independentemente de quem partiu a iniciativa do desligamento, os impactos são os mesmos descritos anteriormente, mas, obviamente, em virtude das leis brasileiras, a demissão realizada pelo empregador gera despesas ainda maiores do que a solicitada pelo empregado.
Independentemente de quem partiu a iniciativa do desligamento, os impactos são os mesmos descritos anteriormente, mas, obviamente, em virtude das leis brasileiras, a demissão realizada pelo empregador gera despesas ainda maiores do que a solicitada pelo empregado.
Para a sobrevivência de qualquer corporação, é vital que se utilize os recursos financeiros com consciência e equilíbrio, e, em tempos de retração econômica, os cuidados devem ser redobrados o que tende a acarretar muitos cortes em investimentos no pessoal. Mas, se a empresa contivesse o desperdício financeiro com a rotatividade de funcionários, provavelmente teria a possibilidade de investir em uma equipe mais capacitada para enfrentar qualquer cenário econômico.
Pense nisso!
Pense nisso!
Flávia Garbo - Psicóloga e MBA em Desenvolvimento e Gestão de Pessoas. Sócia-proprietária da Alely Consultoria, Consultora, Coach e Palestrante com mais de 20 anos de experiência, também é a desenvolvedora e instrutora de Workshops abertos e in company desenvolvidos pela Alely Consultoria.
Fonte: RH
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