Este estudo teve como objetivo investigar se as características das firmas de auditoria influenciam a percepção sobre a qualidade de auditoria perante os Chief Executive Officers (CEO’s) das empresas do mercado de capitais do Brasil. Este propósito atende ao chamado de Christensen et al. (2016) de que novas pesquisas viessem a investigar as distintas percepções de qualidade de auditoria sob as lentes de diferentes stakeholders. Para atender este objetivo, foi utilizada como base a escala SERVQUAL na construção de um questionário direcionado aos CEO’s da [B]³ que serviu como instrumento de coleta de dados da pesquisa. Para a análise, foram realizadas regressões estimadas por mínimos desvios absolutos e por mínimos quadrados ordinários tendo como regressandos as dimensões da escala SERVQUAL, extraídas diante da análise fatorial confirmatória baseada em matrizes de correlações policóricas. Dado um nível de confiança de 95%, os resultados da pesquisa indicam que o tamanho da firma de auditoria, o tempo de permanência de uma firma de auditoria em um determinado cliente, o rodízio das firmas de auditoria e os honorários cobrados pelas firmas de auditoria não são fatores relevantes para a determinação de uma auditoria de qualidade aos olhos dos CEO’s, contrariando a literatura de uma forma geral e rejeitando, assim, as hipóteses de pesquisa. O estudo contribui ao contestar a veracidade dos dogmas acadêmicos sobre a qualidade de auditoria considerando a realidade percebida pelos clientes das firmas de auditoria, ressaltando a discrepância entre o meio acadêmico e a prática contábil apontada por Inanga e Schneider (2005).
Autores:
Ronan Reis Marçal,
Luiz Alberton
Veja:
https://revistas.ufrj.br/index.php/scg/article/view/29847/pdf
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