O objetivo deste estudo é investigar a reação do mercado de ações a eventos de fusões e aquisições (F&A) de bancos no Brasil ocorridos em momentos de aquecimento do mercado. Este artigo visa preencher a lacuna de pesquisa sobre F&A bancárias e seus efeitos, em especial aquelas advindas de ondas de F&A. Esse campo se encontra aberto na literatura; não existe consenso quanto à esperança do investidor aos retornos anormais oriundos desse mecanismo. A noção de que os mercados de F&A bancárias se aquecem é discutida e ainda não apresenta consenso na literatura. Por isso, temas que envolvem pesquisas nas estratégias específicas de F&A e seus efeitos são interessantes para a literatura. Os resultados desta pesquisa apontam para o surgimento de retornos anormais acumulados positivos para bancos rivais dos recém-fusionados adquirentes e nulos para bancos adquiridos. Essa análise ocorre porque, em mercados aquecidos, a probabilidade de os bancos rivais envolverem-se em F&A aumenta, acarretando ganhos de mercado e maior poder de mercado para os bancos adquirentes e pela rápida precificação dos ativos dos bancos adquiridos. Esse resultado corrobora a análise pós-fusão, em que os indicadores de desempenho contábil dos bancos adquirentes são positivos. A reação do mercado foi apurada por meio da técnica econométrica de estudo de eventos aplicada na investigação da ocorrência de retornos anormais em janelas de tempo de até 41 dias em torno dos eventos de F&A de bancos. O estudo mensurou a reação do mercado de ações a uma motivação para as F&A, sendo essa o efeito das ondas de F&A. Este artigo contribui para a literatura por evidenciar formas específicas de F&A de bancos. Em especial, é abordada a lógica de fusão por forças de mercado. Esse mecanismo de fusões por forças de mercado apresenta-se por evidenciar o caráter de tendência de F&A e não por ganhos integralizados.
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