O ambiente em que as empresas atuam é sujeito a variações, algumas provocadas pelo movimento natural dos competidores e de outras decorrentes da conjuntura política-econômica do país essas variações afetam o desempenho das empresas e determinam como elas devem se ajustar para superar as dificuldades. Esta pesquisa procurou respostas que expliquem por que certas empresas conseguem conviver com um ambiente turbulento e alcançam um bom desempenho enquanto outras não chegam ao resultado esperado. Como objetivos, procurou conhecer quais cursos de ação estratégica (direcionadores ou drives) foram escolhidos e utilizados pelas empresas que superaram as diversidades, como estes drives se relacionam e se é possível reduzir o número de drives a um conjunto menor sem perder qualidade na avaliação. Para obter as respostas, foram realizados dois tipos de pesquisas, cobrindo empresas estabelecidas no estado do Maranhão no Brasil: a) pesquisa qualitativa, representada pelo estudo múltiplo de casos com dezesseis empresas abrigadas em quatro grupos empresariais; b) pesquisa quantitativa relacionada por meio de questionários aplicados em uma amostra de 108 empresas os drives foram selecionados a partir da literatura consultada relativa a pesquisa realizada por outros autores em diferentes países e foram organizados em duas dimensões: drives internos, em linha com Visão Baseada em Recursos, e drives externos, relacionada a Teoria dos Stakeholders. A pesquisa qualitativa foi realizada a partir de entrevistas com gestores do primeiro e segundo escalão das empresas do estudo múltiplo de caso, análise de documentos internos e observação do pesquisador e revelou que as empresas sofrem pressão da Legislação do Mercado/Cliente e da Competição. Essa pressão gera as contingências ou variações que obrigam ao ajuste estratégico. Somente as empresas conseguem interagir com a Rede de Relacionamentos, representada por fornecedor, vendedores, prestadores de serviço, agente financeiro entre outros, conseguem captar informações que são compartilhadas internamente por meio de Aprendizado Coletivo e gerar ajustes estratégicos capazes de prepará-las para turbulências. Os ajustes são feitos por meio de adequação da Tecnologia, Inovação e Diversificação e requerem o apoio da alta gestão para que se transformem em planos executáveis. Como resultado final, esses planos e levam a qualidade percebida pelos clientes e garante a vantagem competitiva que leva ao êxito estratégico. As respostas obtidas na pesquisa qualitativa foram submetidas a Análise Fatorial e Equações Estruturais em que ficou Evidente a elevada correlação entre os drives. Foi confirmada a fiabilidade dos questionários por meio do Alfa Cronbach (0,868), ANOVA (sig = 0,000) e T ao quadrado de Hotelling (sig = 0,000). O teste que não vou e de esfericidade de Bartlett indique o elevado poder de explicação dos fatores e variáveis, não sendo necessário reduzir o número de fatores ou exclui qualquer um dos drives, ainda que eles possam ter baixa correlação entre si. A avaliação do modelo por meio de equações estruturais evidenciou que o diagrama de caminhos com quatro drives é o que melhor reflete as correlações entre os drives apresentado valores ligeiramente superiores ao modelo de sete drive. Conclui-se que, ainda que o modelo de quatro drives possa melhor se ajustar as variáveis selecionadas, as empresas não devem desprezar a força conjunta dos sete drivers.
Autor:
João Conrado de Amorim CarvalhoVeja
http://dehesa.unex.es/bitstream/handle/10662/5765/TDUEX_2017_Carvalho_JC.pdf?sequence=1
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