Os verdadeiros líderes são raros atualmente. Infelizmente, temos muitos impostores e pessoas egoístas em busca de resultados financeiros insustentáveis. Esses pseudolíderes preferem construir ambientes de medo, onde as pessoas nunca são enxergadas e valorizadas.
Os líderes devem facilitar e não dificultar a vida das pessoas.
Tenho pesquisado com profundidade cada dia mais o assunto liderança e o que fica constatado no processo de desligamento é que boa parte das pessoas pedem demissão dos líderes e não das organizações. O que tenho também detectado nas minhas pesquisas é que as pessoas produzem mais e melhor pelos seus líderes.
Para reforçar o que acabei de dizer, segue alguns depoimentos de colaboradores que apurei no processo de desligamento de algumas grandes empresas:
"Nunca recebi retorno do meu superior sobre o meu trabalho. Não sei em que posso melhorar, o que preciso desenvolver ou se serei dispensada ao término do meu período de experiência".
"Quando cheguei à loja para realizar a entrevista técnica, fui recebida por uma funcionária, dizendo que eu não sabia onde estava entrando e me recebeu dizendo bem-vinda ao inferno!".
"Estou me demitindo, porque não me sinto bem trabalhando em um lugar onde os líderes não falam um bom dia ou boa tarde".
"Quando comecei a trabalhar na empresa, pensei que teria oportunidade de colocar em prática o conhecimento que tenho para decorar o hortifruti, mas fui proibido de executar essa tarefa. Resolvi sair para trabalhar em um sacolão".
É inadmissível que ainda existem situações assim, mas infelizmente tenho constatado depoimentos semelhantes com muita frequência.
O ser humano deve ser visto e valorizado. Sem dúvida, algumas das maiores necessidades da natureza humana são: sentir-se importante, ser reconhecido e valorizado. Para isso, torna-se necessário que os líderes observem, enxerguem e escutem mais as pessoas, respeitando e conhecendo as suas individualidades.
Observo também em minhas pesquisas muitas empresas promovendo bons colaboradores para cargos de liderança sem o mínimo preparo para exercer a nova atividade. E boa parte das empresas que adotam esta prática perdem bons colaboradores e ganham péssimos chefes. Mas, por que isso acontece? Geralmente, esses bons colaboradores entendem muito bem de coisas e para liderar é fundamental que se entenda de gente, ou seja, torna-se necessário o desenvolvimento e o aprimoramento de competências comportamentais.
Ao longo de minha carreira, como professor e palestrante, encontrei muitos chefes brilhantes intelectualmente, mas o seu comportamento minava todo o possível sucesso que as organizações poderiam ter conseguido se fossem encabeçadas por verdadeiros líderes.
Aprender, entender, compreender e refletir sobre o processo da dinâmica do comportamento humano deveria constituir-se em um dos principais campos de interesse e estudo por parte daqueles que exercem ou pretendem exercer a liderança. As pessoas que exercem qualquer tipo de liderança deveriam ser antes de tudo, "especialistas" em gente, e não apenas em coisas.
Ter líderes que sejam coerentes com o que dizem e fazem, inspirando e construindo credibilidade é fundamental para o sucesso das empresas. Constrói-se credibilidade não fingindo ser perfeito, mas sendo sincero com as pessoas.
A principal vantagem competitiva das empresas decorre das pessoas que nelas trabalham. As pessoas que determinam o sucesso ou fracasso de um negócio. O sucesso das empresas é o sucesso das pessoas que as compõem.
Anderson Rocha Formado em administração de empresas e especialista em Recursos Humanos e Comunicação Verbal e não verbal. Professor de cursos de graduação e pós-graduação. Palestrante da ESESP - Escola de Serviço Público do Espírito Santo nas áreas motivacional, liderança e oratória. Profundo estudioso e pesquisador do desenvolvimento e comportamento humano. Autor de artigos publicados em diversos sites, revistas e jornais no Brasil. Colunista e colaborador de principais sites do país, nas áreas de Gestão de Pessoas, Administração, Vendas, Motivação, entre outros. Foi consultor do programa da qualidade no Serviço Público do Governo Federal.Ocupou funções de assessoria, direção, coordenação de programas, instrutoria de treinamento e facilitação de grupos. Em 12 anos de experiência, já ministrou treinamentos, workshops e palestras a milhares de pessoas, atuando nos temas liderança, motivação e oratória.
Fonte: RHhttp://rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/9328/liderar-e-facilitar-e-nao-dificultar.html#
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