Este estudo procura responder à crítica de inconsistência do CAPM baseada na alegação de que a carteira de mercado não está sobre a fronteira eficiente. Para tanto, faz-se uma otimização numérica, utilizando-se dados de ações brasileiras entre 2003 e 2012. Obtêm-se retornos e desvios padrão ajustados tais que (i) a fronteira eficiente passe pela carteira de mercado e (ii) sejam minimizadas as distâncias entre retornos e desvios padrão amostrais e ajustados. Da mesma forma que Levy & Roll (2010) encontraram para o mercado dos EUA, conclui-se que os ajustes necessários não são significativos, tanto para retornos quanto para desvios padrão. O resultado sugere que possíveis imprecisões do CAPM decorrem principalmente de erros de estimativa dos parâmetros utilizados, e não de inconsistência do modelo, e que outros fatores explicativos dos retornos podem ser pouco relevantes. Em decorrência, o resultado refuta a mencionada alegação de inconsistência do CAPM no Brasil.
Autores:
Rafael Falcão Noda,
Roy Martelanc,
José Roberto Securato
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