O presente trabalho teve como objetivo identificar variáveis que influenciam o uso de instrumentos financeiros derivativos pelas instituições intermediárias financeiras do Brasil listadas na BM&FBOVESPA, bem como identificar para qual finalidade estas instituições utilizam os instrumentos financeiros derivativos no período de 2006 a 2011. A coleta dos dados foi realizada por meio de análise de conteúdo nas Notas Explicativas e no Balanço Patrimonial disponíveis no sítio da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA, e os dados foram analisados por meio da técnica de regressão para dados em painel, estimados pelo Método Generalizado dos Momentos (GMM) de Arellano e Bond (1991). Os resultados demonstraram que as instituições analisadas utilizam derivativos principalmente para o gerenciamento de risco (68%), ou seja, usam derivativos para se proteger de prejuízos que possam ocorrer devido as variações nos preços e taxas do mercado. Quanto aos tipos de derivativos mais utilizados, verificou-se que foram os contratos de opções (56,3%), swap (20%) e contratos futuros (19,2%). Já derivativos indexados em taxa de juro (41%) e taxa de câmbio (35%) apresentam-se em maior proporção. Com base nas análises de regressão pode-se determinar que as variáveis que influenciam positivamente o uso de instrumentos financeiros derivativos estão relacionadas com as próprias variáveis dependentes defasadas em um período, a variável ATIVO e a variável do mercado financeiro TXCÂMBIO. Já em relação à influência negativa, destacaram-se PL, RECEITA e TXJURO.
Autores:
Tatiane de Oliveira Marques,
Sergio Murilo Petri
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