Chris Trimble, co-autor dos best-sellers ‘O outro lado da inovação’ e ‘Os 10 mandamentos da inovação estratégica’, apresentou aos participantes do Fórum HSM de Inovação e Crescimento como iniciativas inovadoras podem ser executadas dentro das organizações
“A dificuldade não está em escalar uma montanha e sim nos perigos que a descida pode representar”. Foi com essa comparação que Chris Trimble, professor na Tuck School of Business, da Dartmouth University, uma das melhores escolas de administração do mundo, iniciou seu discurso sobre os conflitos e desafios de se executar a inovação nas organizações.
Conquistar o mercado com uma ideia inovadora pode ser muito entusiasmante, mas chegar lá requer um trabalho que vai além das sessões de braimstorm e análises estratégicas, sendo necessário avaliar todas as armadilhas que estão do outro lado da inovação.
Para ele, a arte de gerir a inovação está na capacidade que a organização tem para contrabalancear o cenário em que está atuando, e também o modo como será feito. “Primeiro, é preciso entender que inovação é qualquer projeto que tenha resultado incerto. Depois, podemos avaliar em que categoria ela se encaixa, classificando-a como sustentável, inovadora, radical, reversa, estratégica, modular ou disruptiva, por exemplo”.
Os modelos
Fruto de mais de 10 anos de estudo sobre como executar a iniciativa da inovação, Trimble apresenta o espectro de três modelos que incentivam, guiam e concretizam projetos inovadores.
1) Ideias + Motivação = cultura de inovação
As empresas gostam de dizer que são inovadoras. Sob essa ótica, pode limitar-se ao tempo individual disponível, recaindo sobre os ombros do gestor a habilidade em incentivar os colaboradores a buscarem a inovação por iniciativa própria. “O que acontece neste caso é das pessoas estarem muito ocupadas alocadas em suas atividades, dispendendo tempo insuficiente para praticar a inovação, tornando-a ineficiente”, alerta Trimble.
2) Ideias + Processo = fábrica de inovação
A ideia tem como ação subsequente o processo e é tida como uma tarefa qualquer que carece de definição e eficiência. Assim, mapear as etapas, definir papéis, mensurar, aperfeiçoar e ter uma fábrica de soluções transformam a ideia inovadora em produto de longo prazo, mas que pode ser uma abordagem interessante para produtos semelhantes ou de mera atualização de linha. Ele alerta ainda para o fato de que a ideia pode esbarrar na eficiência organizacional, não sendo tratada com o respeito necessário pela equipe que sustenta os novos projetos.
3) Ideia + líderes + equipe + plano = equipe dedicada e plano de experimentação disciplinada
Neste caso, a ideia pode advir de qualquer indivíduo e contará com o apoio dos líderes resignados especificamente para executar um plano de ação. Mesmo contando com equipe própria e plano de execução individual, o cuidado com o que será solicitado para a equipe de desempenho deve ser constante. “Nova hierarquia ou mesmo grandes mudanças costumam ser desconfortáveis para a máquina de desempenho”, alerta Trimble.
Sob a ótica de que inovar significa investir em um projeto de futuro incerto, o professor explica que o terceiro modelo ao mesmo tempo em que parece ser o mais complicado de se implementar, pode ser o grande passo para efetivação de projetos que realmente fazem a diferença. “Uma ideia que propõe inovação precisa ser experimentada de forma disciplinada, responsabilizando equipes e diagnosticando diretrizes e norte para as organizações”, pontua Trimble.
Portal HSM
29/06/2011
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