A formação do prêmio de risco na curva de juros brasileira carrega a herança de uma série de particularidades que moldaram a evolução histórica e amadurecimento do mercado de renda fixa local. Uma das características mais significativas da dinâmica de juros no mercado doméstico é a assimetria de retornos, especialmente em eventos de cauda. Métricas de risco baseadas em média e variância desconsideram momentos de ordem superior que eventualmente têm participação no apreçamento da ETTJ ao longo de seus vários segmentos. Este artigo explora a influência da assimetria na formação do prêmio de risco no Brasil, combinando informações de uma pesquisa de mercado sobre expectativas para a trajetória da taxa básica de juros, estimativas de assimetria de retornos em vértices selecionados da curva e análise das condições de não arbitragem que provêem a forma funcional para a regressão do prêmio contra duas variáveis endógenas (desvio absoluto e assimetria de caudas). O trabalho é encerrado com uma discussão sobre a percepção de riscos no mercado de renda fixa brasileiro, e sua relação com a condução da política monetária nos anos de 2003 a 2009.
Autores:
Marcelo Ganem
Tara Keshar Nanda Baidya
Veja:
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/article/viewFile/2814/2222
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