Aumento reflete medidas do governo para segurar a inflação
Rio - As taxas de juros do cheque especial, dos empréstimos e do crédito no comércio cobradas pelos bancos ao consumidor subiram 2,44%. em abril. Uma pesquisa da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) mostrou que o custo do cheque especial, por exemplo, chegou a 150,98% ao ano.
A linha de crédito do cheque passou de 7,78% ao mês (145,73% ao ano), em março, para 7,97% ao mês (150,98% ao ano), em abril. Isso equivale a dizer que, se a conta bancária estivesse no vermelho em R$ 200 no ano passado, um ano depois, o total que o cliente deveria desembolsar para repor o crédito e os juros seria R$ 501,96.
O patamar é o maior desde novembro de 2008, quando a taxa era de 8,02% ao mês (152,38% ao ano). Coordenador do estudo e vice-presidente da Anefac, Miguel José de Oliveira diz que o aumento reflete as ações do governo para frear o consumo.
“Estas elevações podem ser atribuídas às medidas que vêm sendo implementadas pelo Banco Central para esfriar o consumo interno e reduzir a inflação, como a elevação dos depósitos compulsórios e o aumento do IOF nas captações externas e operações de crédito”, afirma.
De lupa
CARTÃO DE CRÉDITO — Taxa média cobrada pelas operadoras de cartão se manteve inalterada em 10,69% ao mês (238,30% ao ano). Juros de financiamento de carros ficaram estáveis: 2,39%.
PESSOA FÍSICA — A taxa de juros média geral para pessoa física subiu 0,03 ponto percentual no mês, atingindo 681% em abril (120,47% ao ano). É a maior taxa de juros deste ano.
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