Ivan Postigo
Pedro, gerente de materiais, era o “comprador”. Experiente, esperto, manhoso, sabia “chorar um desconto”. Um dia, cansado da rotina, se foi. Queria novos ares. Já não tinha “muito mais o que fazer”. Os fornecedores eram os mesmos, os vendedores também, preços não variavam muito, a programação se mantinha estável, então nada lhe dava muito trabalho.
Antes, com alguns telefonemas resolvia as compras, agora, com e-mails, em menos tempo, dava cabo das tarefas, depois passava o tempo na internet. Espiava algumas poucas novidades, via as notícias, espalhava um pouco de alegria, repassando algumas piadas, cuidadosamente selecionadas, bem como selecionados eram os receptores.
Inácio, o diretor, foi à loucura quando recebeu a carta com pedido de demissão. Por mais que tentasse, não conseguiu impedir sua partida.
No setor estava, como braço direito de Pedro, Marcelo, um jovem prestes a deixar a organização. Fazia pós-graduação, falava inglês razoavelmente, e também queria novos ares. Sincero, deixou bastante claro para Inácio, que pouco o conhecia, quais eram seus planos.
O diretor não o levou muito a sério e continuou a procurar um substituto para Pedro. Algumas semanas se passaram, o jovem já encantava a todos com dinamismo e conhecimento, quando num fim de tarde se dirigiu à sala de Inácio e apresentou sua carta de demissão. Nas palavras da secretária “o homem só faltou enfartar”, uma vez que, naquele momento, atacava uma caixa de chocolates.
Horas de conversa, promessas e melhoria salarial, Marcelo resolveu dar à empresa mais uma oportunidade, mas faria o trabalho à sua maneira.
Inácio começava a se entusiasmar com as possibilidades de negócios que seu “novo comprador” lhe trazia, inclusive de importação de materiais, coisa que nunca levara adiante, apesar de sempre tocar no assunto, quando André, seu gerente de produção, resolveu por um ponto final na carreira. Agora sim teria problemas!Para sua surpresa e desencanto de André, o substituto rapidamente apareceu. Estava em busca de uma oportunidade, voltava à cidade com a família, depois de bons anos fora.
Bastante preocupado, Inácio viu uma nova dinâmica surgir na organização. A sinergia entre Marcelo, “seu comprador”, e Jorge, seu gerente de vendas, era muito interessante. Estavam sempre em busca de novas idéias e soluções para problemas que haviam se arrastado por muito tempo.Agora tinha Toledo, um expert no comando daquele tipo de indústria: “Chegou fazendo”!
Logo se enturmou e formaram os ter mosqueteiros. Inácio tentou não rir, chegou até a ficar zangado, quando soube que o pessoal da fábrica, incentivado por André, chamava Marcelo e Jorge de Chulé e Frieira, por estarem sempre juntos e se apoiando.
Toledo “comprou a briga”, então nos bastidores viraram os três mosqueteiros. Inácio tinha desconfiança que era chamado de D’artagnan, quando com estes era visto, mas resolveu não dar atenção.
Importante era o fato que os três já haviam “recrutado” a equipe de custos para ajudá-los em um processo que no futuro provocaria brutal transformação na organização. Inácio, em seus momentos mais criativos, jamais pudera imaginar o que um dia presenciaria na sua gestão. A mudança de foco no processo de redução de custos, com tratamento das ações, estudadas previamente, e não tratamento dos resultados, levou a empresa a ter preços mais competitivos, uma intensa prospecção de clientes e oportunidades de negócios, que faria história na companhia, e um retorno financeiro, com participação no lucro, jamais imaginado pelos colaboradores.
As mudanças eram notadas e comentadas com entusiasmo. Fazer parte daquele grupo era motivo de satisfação, afinal quem não queria trabalhar com os três mosqueteiros? Para desespero dos quatros gestores, essa foi a única coisa que não conseguiram mudar!
Pedro, gerente de materiais, era o “comprador”. Experiente, esperto, manhoso, sabia “chorar um desconto”. Um dia, cansado da rotina, se foi. Queria novos ares. Já não tinha “muito mais o que fazer”. Os fornecedores eram os mesmos, os vendedores também, preços não variavam muito, a programação se mantinha estável, então nada lhe dava muito trabalho.
Antes, com alguns telefonemas resolvia as compras, agora, com e-mails, em menos tempo, dava cabo das tarefas, depois passava o tempo na internet. Espiava algumas poucas novidades, via as notícias, espalhava um pouco de alegria, repassando algumas piadas, cuidadosamente selecionadas, bem como selecionados eram os receptores.
Inácio, o diretor, foi à loucura quando recebeu a carta com pedido de demissão. Por mais que tentasse, não conseguiu impedir sua partida.
No setor estava, como braço direito de Pedro, Marcelo, um jovem prestes a deixar a organização. Fazia pós-graduação, falava inglês razoavelmente, e também queria novos ares. Sincero, deixou bastante claro para Inácio, que pouco o conhecia, quais eram seus planos.
O diretor não o levou muito a sério e continuou a procurar um substituto para Pedro. Algumas semanas se passaram, o jovem já encantava a todos com dinamismo e conhecimento, quando num fim de tarde se dirigiu à sala de Inácio e apresentou sua carta de demissão. Nas palavras da secretária “o homem só faltou enfartar”, uma vez que, naquele momento, atacava uma caixa de chocolates.
Horas de conversa, promessas e melhoria salarial, Marcelo resolveu dar à empresa mais uma oportunidade, mas faria o trabalho à sua maneira.
Inácio começava a se entusiasmar com as possibilidades de negócios que seu “novo comprador” lhe trazia, inclusive de importação de materiais, coisa que nunca levara adiante, apesar de sempre tocar no assunto, quando André, seu gerente de produção, resolveu por um ponto final na carreira. Agora sim teria problemas!Para sua surpresa e desencanto de André, o substituto rapidamente apareceu. Estava em busca de uma oportunidade, voltava à cidade com a família, depois de bons anos fora.
Bastante preocupado, Inácio viu uma nova dinâmica surgir na organização. A sinergia entre Marcelo, “seu comprador”, e Jorge, seu gerente de vendas, era muito interessante. Estavam sempre em busca de novas idéias e soluções para problemas que haviam se arrastado por muito tempo.Agora tinha Toledo, um expert no comando daquele tipo de indústria: “Chegou fazendo”!
Logo se enturmou e formaram os ter mosqueteiros. Inácio tentou não rir, chegou até a ficar zangado, quando soube que o pessoal da fábrica, incentivado por André, chamava Marcelo e Jorge de Chulé e Frieira, por estarem sempre juntos e se apoiando.
Toledo “comprou a briga”, então nos bastidores viraram os três mosqueteiros. Inácio tinha desconfiança que era chamado de D’artagnan, quando com estes era visto, mas resolveu não dar atenção.
Importante era o fato que os três já haviam “recrutado” a equipe de custos para ajudá-los em um processo que no futuro provocaria brutal transformação na organização. Inácio, em seus momentos mais criativos, jamais pudera imaginar o que um dia presenciaria na sua gestão. A mudança de foco no processo de redução de custos, com tratamento das ações, estudadas previamente, e não tratamento dos resultados, levou a empresa a ter preços mais competitivos, uma intensa prospecção de clientes e oportunidades de negócios, que faria história na companhia, e um retorno financeiro, com participação no lucro, jamais imaginado pelos colaboradores.
As mudanças eram notadas e comentadas com entusiasmo. Fazer parte daquele grupo era motivo de satisfação, afinal quem não queria trabalhar com os três mosqueteiros? Para desespero dos quatros gestores, essa foi a única coisa que não conseguiram mudar!
Ivan Postigo é diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão. http://www.postigoconsultoria.com.br/. Twitter: @ivanpostigo
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