15/09/2010
Os executivos da área financeira no Brasil estão entre os mais confiantes do mundo no que diz respeito ao crescimento de suas empresas. Otimistas com o momento favorável da economia no país, eles vislumbram a criação de vagas na área com a abertura de novas unidades e a expansão dos negócios nos próximos anos.Esta é uma das conclusões de um estudo realizado recentemente pela empresa de recrutamento Robert Half em 21 países com 6,6 mil gerentes financeiros e CFOs (Chief Financial Officers). "É um resultado muito positivo, que reflete o cenário macroeconômico. A euforia dos nossos executivos se justifica, pois é baseada em investimentos concretos", afirma William Monteath, diretor de operações da Robert Half no Rio de Janeiro.A maior demanda, portanto, é por profissionais mais juniores, que atuam no chamado "entry level". "Para novas operações, contrata-se, por exemplo, um gerente, dois coordenadores e 15 analistas que estão no estágio inicial da carreira", explica. Mesmo assim, a necessidade de recrutamento no Brasil é maior do que a média mundial em todos os níveis de atuação.Cerca de 75% das empresas pretendem contratar nos próximos seis meses, índice abaixo apenas da Holanda e de Hong Kong. Desse modo, os executivos da área de finanças do país sentem mais pressão do que os profissionais de outras regiões para atrair, formar e, principalmente, reter talentos- quase 40% dos funcionários que participaram da pesquisa disseram que mudariam de emprego se recebessem uma boa oferta.Os maiores desafios dos líderes brasileiros da área de finanças, nesse sentido, são melhorar os treinamentos, a comunicação e os benefícios. Durante essa fase de transição entre a crise a retomada, outras dificuldades apontadas foram aumentar os desafios dos colaboradores, o engajamento e os salários da equipe.De acordo com o consultor, o país opera atualmente em um nível baixo de desemprego e a maior dificuldade das empresas é encontrar profissionais qualificados nas áreas contábil, de auditoria e financeira. O perfil mais valorizado inclui itens como fluência em inglês, boa formação e conhecimento de normas internacionais. "Pessoas com essas habilidades são cada vez mais procuradas por empresas que estão abrindo capital ou se internacionalizando, além das estrangeiras que estão entrando no Brasil", explica Monteath.
Valor Econômico
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