21/09/2010
A reunião do Conselho Deliberativo do Fundo Soberano do Brasil autorizou a utilização do Fundo Soberano do Brasil (FSB) para realizar operações cambiais. O conselho é formado pelos ministros da Fazenda (Guido Mantega), do Planejamento (Paulo Bernardo) e pelo presidente do Banco Central (Henrique Meirelles). A utilização do Fundo Soberano poderá ser um dos mecanismos para impedir a sobrevalorização do real. Atualmente, o fundo tem R$ 17,9 bilhões aplicados, e de acordo com o Ministério da Fazenda, não há limite para as operações em moeda estrangeira. Na avaliação do ministro é preciso estar atento aos movimentos feitos em outros países. Para ele é um jogo preocupante o do real valorizado em relação às demais moedas, aumentando e encarecendo as importações. O ministro lembrou que no auge da crise, em 2008, o governo implantou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com o mesmo objetivo e foi bem sucedido, além das intervenções do Banco Central na compra de dólares. “Por um lado, o Banco Central tem feito intervenções no mercado. Por outro, temos Fundo Soberano e o IOF, que são instrumentos que podemos usar”, ressaltou Mantega. Para Felipe Salto, economista da Tendências, a atitude tomada pelo governo para enxugar todo excesso de dólares que entrar no Brasil é acertada, pois nos últimos anos, e recentemente depois da crise, a tendência da apreciação da taxa de câmbio, com a atratividade econômica, consolida o País como destino certo para capital externo.O déficit nas transações correntes, anunciadas hoje pelo governo (US$2,9 bilhões), segundo Salto tem piorado, e deve continuar, conduzindo a uma leve instabilidade ou depreciação do câmbio. “O episódio da capitalização da Petrobrás, em curto prazo, atrai capital elevado. O fluxo cambial subiu de US$ 2 para US$ 11 bilhões, de 10 a 17 de setembro, um fator atípico, que acontece com a capitalização”. Segundo o economista, as ações do Banco Central e do Ministério da Fazenda (leilões à vista e a atuação do Fundo Soberano), são coerentes para evitar que essa entrada forte pressione para baixo o câmbio. De acordo com as estimativas da Consultoria, a taxa de câmbio até 2011 deve seguir em uma pressão atípica pela barreira do R$ 1,70 e, para o economista, utilizar o Fundo Soberano evitará a sobreapreciação da taxa de câmbio.
A reunião do Conselho Deliberativo do Fundo Soberano do Brasil autorizou a utilização do Fundo Soberano do Brasil (FSB) para realizar operações cambiais. O conselho é formado pelos ministros da Fazenda (Guido Mantega), do Planejamento (Paulo Bernardo) e pelo presidente do Banco Central (Henrique Meirelles). A utilização do Fundo Soberano poderá ser um dos mecanismos para impedir a sobrevalorização do real. Atualmente, o fundo tem R$ 17,9 bilhões aplicados, e de acordo com o Ministério da Fazenda, não há limite para as operações em moeda estrangeira. Na avaliação do ministro é preciso estar atento aos movimentos feitos em outros países. Para ele é um jogo preocupante o do real valorizado em relação às demais moedas, aumentando e encarecendo as importações. O ministro lembrou que no auge da crise, em 2008, o governo implantou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com o mesmo objetivo e foi bem sucedido, além das intervenções do Banco Central na compra de dólares. “Por um lado, o Banco Central tem feito intervenções no mercado. Por outro, temos Fundo Soberano e o IOF, que são instrumentos que podemos usar”, ressaltou Mantega. Para Felipe Salto, economista da Tendências, a atitude tomada pelo governo para enxugar todo excesso de dólares que entrar no Brasil é acertada, pois nos últimos anos, e recentemente depois da crise, a tendência da apreciação da taxa de câmbio, com a atratividade econômica, consolida o País como destino certo para capital externo.O déficit nas transações correntes, anunciadas hoje pelo governo (US$2,9 bilhões), segundo Salto tem piorado, e deve continuar, conduzindo a uma leve instabilidade ou depreciação do câmbio. “O episódio da capitalização da Petrobrás, em curto prazo, atrai capital elevado. O fluxo cambial subiu de US$ 2 para US$ 11 bilhões, de 10 a 17 de setembro, um fator atípico, que acontece com a capitalização”. Segundo o economista, as ações do Banco Central e do Ministério da Fazenda (leilões à vista e a atuação do Fundo Soberano), são coerentes para evitar que essa entrada forte pressione para baixo o câmbio. De acordo com as estimativas da Consultoria, a taxa de câmbio até 2011 deve seguir em uma pressão atípica pela barreira do R$ 1,70 e, para o economista, utilizar o Fundo Soberano evitará a sobreapreciação da taxa de câmbio.
Por Edilaine Félix
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