Este estudo examina os reflexos dos Sistemas de Controle Gerencial (SCGs) habilitantes e coercitivos na resiliência organizacional, nas dimensões cognitiva, comportamental e contextual. Pesquisas sobre resiliência têm buscado identificar elementos capazes de melhorar a capacidade da resiliência organizacional, e os SCGs habilitantes e coercitivos podem trazer novos prenúncios nessa discussão. A compreensão do papel do SCG na criação e uso das capacidades de resiliência pode contribuir para explicar por que algumas organizações conseguem superar outras em situações de ocorrência de eventos adversos e turbulentos. A literatura tem se concentrado no SCG habilitante e adota a premissa de que o uso de controle coercitivo geralmente é percebido de forma negativa. No entanto, os resultados da pesquisa mostram que SCGs habilitantes e coercitivos coexistem nas empresas e que o controle coercitivo não exerce influência negativa na resiliência, até mesmo mostra associação positiva com a dimensão contextual. Uma survey foi realizada em empresas que compraram e/ou foram adquiridas por outras, conforme o relatório Fusões e Aquisições no Brasil, da PwC Brasil, e a amostra compõe-se dos 144 gestores de diferentes áreas organizacionais dessas empresas que responderam o questionário enviado via Survey Monkey. Para testar as hipóteses, aplicou-se a técnica de modelagem de equações estruturais (structured equation modeling - SEM). O estudo apresenta evidências de que os SCGs se constituem em antecedentes da capacidade de resiliência nas organizações. Isso sugere que o desenho e o uso do SCG podem favorecer o desenvolvimento de capacidades para lidar com turbulências e acontecimentos inesperados com antecedência.
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