
Esse artigo investiga como as empresas brasileiras ajustaram o
nível de cash holdings durante o período da crise 2008-2009. Utilizamos
um modelo dinâmico de caixa para avaliar os principais determinantes da
velocidade de ajuste do nível de cash holdings para o nível ótimo.
Encontramos evidências que: a) o comportamento dinâmico de caixa é
significativo e os custos de ajustes das empresas brasileiras são altos,
impedindo o ajuste imediato para o nível ótimo; b) a baixa velocidade
de ajuste ao nível ótimo é decorrente da pouca disponibilidade e do alto
custo de financiamento; c) durante a crise, o capital de giro é
positivamente relacionado ao nível de cash holdings, indicando que as
empresas financiaram crescimento com base em liquidez e vice-versa, d)
consequentemente os resultados apontam uma relação negativa entre
investimentos e cash holdings, pois as empresas utilizam dívida de longo
prazo para retenção de caixa, privilegiando a manutenção da liquidez.
Autores:
Fadwa Muhieddine Dahrouge,
Richard Saito
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