Com base em argumentos encontrados na literatura acadêmica sobre a incipiência de evidenciação contábil dos ativos intangíveis pelas entidades desportivas, o presente estudo tem por objetivo geral investigar padrões de evidenciação dos ativos intangíveis dos clubes de futebol brasileiros e europeus. No que concerne aos procedimentos metodológicos, esta pesquisa classifica-se como exploratório-descritiva, quanto aos objetivos; documental e bibliográfica, quanto às técnicas; e quali-quantitativa, quanto à abordagem do problema. A amostra do estudo reúne 66 clubes de futebol listados no G4 do Club World Ranking 2012, de países que adotam às IFRS, a partir do critério de publicação das demonstrações financeiras de 2011. Para a mensuração específica dos ativos intangíveis com evidenciação contábil foram utilizados como proxies o Retorno do Ativo Intangível e a Representatividade do Ativo Intangível. Dentre os resultados destaca-se que (i) 100% dos clubes brasileiros (18) são sociedades sem fins lucrativos, enquanto 72,9% dos clubes europeus (35) são sociedades anônimas, predominantemente de capital fechado; (ii) os ativos intangíveis com evidenciação contábil mais frequentes são direitos federativos ou registro de jogadores (71,2%); (iii) 60 clubes (90,9%), sendo 16 brasileiros e 44 europeus, não informam o número de atletas profissionais contratados na temporada, nem a duração média dos respectivos contratos, e (iv) 43 clubes (65,2%), sendo sete brasileiros e 36 europeus, não citam a aplicação do impairment test, ou teste de recuperabilidade, dos ativos intangíveis. Conclui-se que há diferenças estatisticamente significantes quanto ao perfil de ativos intangíveis com evidenciação contábil dos clubes brasileiros e europeus.
Autores:
Alessandra Carvalho de Vasconcelos
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