Se treinamento tem como foco "fazer melhor", desenvolvimento, por sua vez, tem como foco "ser melhor". Por isso, quando oferecidos de forma constante, contribuem, como prática sustentável, para o crescimento profissional dos colaboradores e para a perenidade da organização.
Mas não basta "fazer melhor" ou "ser melhor", só isso não retém talentos dentro da organização e mesmo retendo pode ocorrer um distanciamento entre os objetivos organizacionais e o colaborador. Este, se não tiver seus objetivos pessoais contemplados, e se não compreender e visualizar sua parcela de responsabilidade dentro do todo poderá até "saber fazer", mas não vai "querer fazer".
Partindo da premissa de que competência está baseada no trinômio CHA: Conhecimento: saber; Habilidade: saber fazer; Atitude: querer fazer. O "querer fazer" está atrelado ao comprometimento. Este, por sua vez, depende do alinhamento entre os objetivos organizacionais e a estratégia de Gestão de Pessoas, ou seja, o conjunto de políticas e práticas adotadas pelas empresas, com o propósito de contemplar os objetivos pessoais em harmonia com os organizacionais.
Nenhuma organização poderá construir resultados duradouros sem o alinhando dos objetivos pessoais e organizacionais. Existem empresas que estão utilizando apenas 50% da capacidade de muitos de seus colaboradores, justamente pela falta de integração de objetivos. Impor objetivos organizacionais em detrimento da compreensão de expectativas e valores dos funcionários não gera o comprometimento necessário ou "querer fazer".
Quando o colaborador tem sua expectativa frustrada, a tendência é minimizar sua produtividade de modo a tolher sua capacidade de atuação. E mesmo que ele entregue uma capacidade mais elevada isso poderá não durar por muito tempo pelo fato de querer migrar para outra organização, que contemple seus objetivos pessoais e os alinhem aos organizacionais.
Não basta limitar-se a desenvolver um conjunto de competências, sendo que o comprometimento e a participação de colaboradores ficam condicionados a outros aspectos inerentes às relações de trabalho. Quando ocorre alinhando dos objetivos pessoais e organizacionais, desencadeiam-se respostas que aumentam e melhoram a motivação e comprometimento dos colaboradores para cumprir suas missões. Consequentemente temos sustentabilidade organizacional, com seus objetivos e desejos assegurados.
Alcides Ferri
Tem formação Superior em Recursos Humanos, Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas e curso de Liderança Aplicada. Experiência de 14 anos na área de RH. Experiência de 09 anos na área Administrativa/Financeira. Atuou nos segmentos de Construção Civil, Rede Educacional e Consultoria de RH. Atualmente atua como Palestrante Motivacional/Comportamental – realizando palestras e treinamentos, in company, objetivando inspirar e persuadir as pessoas a se engajarem na busca constante de seu autodesenvolvimento, visando à superação das lacunas e carências existentes em suas competências a fim de atingirem sustentabilidade na carreira. Como Consultor, propõe ações interventivas, quando solicitado pelas empresas, que podem ser efetivamente aplicadas para solucionar problemas e conduzir ao aperfeiçoamento no que tange a Gestão de Pessoas.
Fonte: RH
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