
Este artigo tem por objetivo analisar as escolhas contábeis de empresas listadas na BM&FBOVESPA, quando da adoção do CPC 28 – Propriedade para Investimento – norma correlacionada a IAS 40 – Investment Property. A norma possibilita a escolha de métodos alternativos para avaliação das propriedades para investimento: método do valor justo ou método de custo. Desse modo, empresas semelhantes poderão ter demonstrações contábeis diferenciadas. Trata-se de uma pesquisa descritiva, documental e predominantemente quantitativa. Os dados coletados foram analisados por meio da estatística descritiva e da técnica multivariada de análise de regressão logística. Das 39 empresas selecionadas, 17 (44%) adotaram o método do valor justo e as 22 empresas restantes (56%) optaram pelo método de custo. As análises descritivas permitiram observar, também, o montante que ficou fora do balanço (off balance sheet), no caso das empresas que escolheram o método de custo. No que se refere à análise multivariada, ficou evidenciado que, das variáveis selecionadas para o estudo, nenhuma pareceu apresentar relação estatisticamente significativa com o método de avaliação escolhido pelas empresas. Devem-se levar em consideração que 2009 e 2010 foram os primeiros anos da utilização do CPC 28, assim como, dos demais Pronunciamentos Contábeis, de forma plena, e tal fato pode ter influenciado no resultado encontrado. Outro ponto importante é quanto ao mercado de capitais brasileiro, que é bastante diferente dos mercados estrangeiros, nos quais estudos similares já foram conduzidos. Por isso conclusões e comparações com os resultados encontrados devem ser feitas com cautela.
Autores:
Maria Elisabeth Moreira Carvalho Andrade,
Denise Mendes da Silva,
Rodrigo Fernandes Malaquias
Veja:
Revista Universo Contábil
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