
Durante a HSM Expo Management 2011, participantes poderão conhecer alguns modelos estatísticos sofisticados para mensurar riscos e auxiliar no processo decisório das empresas
O processo decisório em projetos de grande porte vai bem além das reuniões de diretoria entre quatro paredes. Decisões de natureza infraestrutural e com extenso tempo de maturação estão cada vez mais embasadas em ensaios e modelos estatísticos, com o objetivo de oferecer suporte, cenários e probabilidades futuras às ações dos executivos.
Fabiano Rollim, diretor executivo da Compass International, apresentará um estudo de caso para demonstrar as vantagens da aplicação de modelos matemáticos baseados no método de Monte Carlo para aplicação em grandes empreendimentos e projetos.
“Trata-se de um caso relacionado à indústria de óleo e gás, no qual observávamos um horizonte de um ano e meio ou dois à frente”, adianta o executivo.
O método de Monte Carlo não é novidade. Segundo alguns especialistas, ele ganhou notoriedade durante o projeto Manhattan, na Segunda Guerra Mundial. O método possui inúmeras aplicações nas áreas de matemática, física e biologia, e agora é empregada na análise e quantificação de riscos.
Rollim afirma que nos dias de hoje os modelos são traçados a partir da coleta do “maior número possível de dados”, para serem processados com o uso de softwares especializados e proverem cenários e probabilidades, que podem indicar alternativas de menor risco na tomada de decisão.
O grau de sofisticação dos softwares e sistemas envolvidos pode variar de planilhas em Excel até aplicativos sofisticados e complexos, que requerem pesados investimentos, inclusive em treinamento.
Custo-benefício
Embora possa parecer elitista, o emprego de métodos sofisticados de análise de riscos está mais restrito a grandes projetos e corporações em razão de seu caráter temporal. Rollim concorda que, uma vez que o método de análise quantitativa fornece modelos probabilísticos relacionados a prazos mais extensos, seu emprego geralmente é mais adequado em grandes obras, projetos e empreendimentos.
“Não é uma questão de Brasil. Para pequenos projetos, não são uma alternativa de bom custo-benefício”, explica o diretor. O assunto tem sido bastante divulgado e sim, há tendência de ampliação em seu uso, mas os principais clientes desse tipo de consultoria geralmente envolvem nomes como Petrobras, Vale e outras grandes corporações.
Definição de escopo
Falando um pouco a respeito de riscos, Rollim diz que esse é um tema muito amplo e que a primeira lição é a definição do conceito dentro do escopo de projetos. Ele comenta que o ensaio e análise não apontam apenas para o aspecto negativo dos riscos inerentes ao projeto, mas também para aspectos positivos.
“São eventos e condições que podem beneficiar ou prejudicar o projeto”, argumenta. Aqui, o conceito de risco pode abranger fatores relacionados aos prazos do projeto, seus custos e incertezas em geral que permeiam o processo de condução do empreendimento.
Portal HSM
05/10/2011
http://www.hsm.com.br/editorias/gestao/riscos-em-projetos
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