O propósito principal deste estudo é investigar o relacionamento entre o uso de medidas não financeiras de desempenho e orientação temporal dos gestores ao examinar empiricamente predições normativas da contabilidade no que se refere ao relacionamento positivo entre o uso de medidas não financeiras de desempenho e orientação temporal dos gestores. Além disso, este estudo explora o efeito moderador da missão estratégica da empresa sobre o relacionamento entre o uso de medidas não financeiras de desempenho e orientação temporal dos gestores ao examinar se uma missão estratégica de longo prazo intensifica o relacionamento positivo entre medidas não financeiras de desempenho e orientação temporal dos gestores. Portanto, são desenvolvidas hipóteses referentes à associação entre o uso de medidas não financeiras e orientação temporal dos gestores, assim como, se estratégia modera esse relacionamento, tendo por base a literatura contábil relevante sobre o tema. Realiza-se um levantamento em que os questionários são enviados para o endereço eletrônico de uma amostra de gestores de nível intermediário atuando em empresas no Brasil. Utiliza-se a técnica estatística de mínimos quadrados parciais (PLS) e análise de subgrupos para testar as hipóteses de pesquisa. Os resultados indicam a presença de um relacionamento significativo entre uso de medidas não financeiras e orientação temporal dos gestores, mas, contrário às predições normativas e às expectativas deste estudo, uma orientação temporal mais de curto prazo está associada com uma maior importância relativa atribuída a medidas não financeiras de desempenho. Além disso, novamente contrário às expectativas deste estudo, os resultados indicam que a missão estratégica de uma empresa modera esse relacionamento da seguinte maneira: se perseguindo uma estratégia de construir, uso de medidas não financeiras de desempenho está negativamente relacionada com orientação temporal dos gestores. A principal implicação deste estudo é que podem existir certas situações em que o uso de medidas não financeiras de desempenho não contribui para a tomada de decisões de longo prazo. Pesquisa futura poderia explorar essas situações de modo que seja possível obter um entendimento mais amplo dos efeitos de diferentes medidas de desempenho sobre orientação temporal dos gestores.
Autores:
AGUIAR, Andson Braga de e
FREZATTI, Fábio
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