Aprenda a estancar, replanejar e voltar ao rumo certo. É preciso ser simples sem diminuir a qualidade do serviço oferecido.
É com elevada frequência que, ao realizarmos Diagnósticos Empresariais, notamos que a grande maioria dos empreendedores e executivos se assusta com o nível de gastos da organização.
Por que será?
Por que será?
Ao sermos tomados pelo dia a dia, crescimento da organização, soluções de problemas, entre outras atividades, o tempo por algum motivo acaba passando mais rápido do que o normal, afinal de contas estamos concentrados em alcançar algo maior. No entanto, armadilhas aparecem no meio do caminho, e algumas delas podem comprometer inclusive a continuidade da organização.
Refiro-me ao nível de gastos e endividamento da organização. Lembro que um dos empreendedores utilizou exatamente o título deste artigo dizendo: “Gastos são iguais a unhas, devemos cortá-las constantemente”. Mas como fazer para sermos preventivos e, caso tenhamos que ser reativos, como fazer?
No primeiro caso devemos utilizar o que escrevi no primeiro artigo: fluxo de caixa previsto versus o realizado, além disto, sempre sugiro elaborar um DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício, de preferência gerencial dada à maior velocidade na disponibilização dos dados. Façam um planejamento das principais linhas: Receitas, Impostos, Custos e Despesas, com isto evitará surpresas desagradáveis.
Atrelado aos instrumentos acima, correlacione com o Planejamento Estratégico ou Plano de Negócios, questionando: “Será que a tendência do fluxo de caixa e DRE é para um cenário otimista, conservador ou pessimista?” Para cada tendência elabore estratégias para serem deflagradas assim que algo sair fora do esperado. Reforço: “Sejam simples!!!”, por exemplo: redução de energia – trocar lâmpadas por mais econômicas, otimizar a utilização do ar condicionado; viagens – utilizar vídeo conferência, realizar cotações com outras agências; institucional – realizar 3 cotações, entender quais gastos são essenciais e quais poderíamos evitar ou até mesmo cortar, eliminar. E lembrem-se: muito cuidado para não cortar gastos que possam comprometer a imagem da organização, qualidade dos produtos e serviços, prazos de entregas, dentre outras características vistas como diferenciais competitivos da empresa.
No segundo caso, quando for reativo, existem três passos básicos: estancar, replanejar e voltar ao rumo certo.
• Estancar: da mesma forma que um ferimento, precisamos parar de “sangrar” a empresa. Identifique quais são gastos supérfluos, com consumo excessivo, com preços pagos fora da realidade do mercado ou os três juntos! Monte uma estratégia de guerra para readequar o quanto antes o nível de gastos. Dica: quando atuamos nas duas variáveis - consumo e preço - a redução do nível de gastos é quase que automática, exemplo: consumos - elevado consumo de papel, elevado consumo de minutagem de celular; preço – analisar o que rege o contrato versus o que está no sistema ou na nota fiscal, analisar se o valor pago está em linha com o mercado, analisar o objetivo da prestação de serviço ou na entrega do produto pelo fornecedor se realmente está acontecendo;
• Replanejar: pensem como se a empresa fosse sair do zero, quais fornecedores estão alinhados com o futuro da organização? Quais endividamentos realmente devem fazer parte da estratégia da empresa e com quais níveis de juros e prazo de pagamento? Para cada cont
• Voltar ao rumo certo: a disciplina em manter o fluxo de caixa e DRE sob controle será ponto chave de sucesso. Ao implantar os passos 1 e 2 vocês terão em mãos os níveis aceitáveis de gastos e endividamento da organização, e com isto devem monitorar e planejar constantemente, evitando que voltem a atuar de forma corretiva.a contábil correlacione com o crescimento da empresa, qual a representatividade perante o faturamento? Se ao dividirmos os gastos, por exemplo, com energia elétrica pela receita líquida e esta equação nos retorna 40%, será que está em linha com o mercado? Dependendo do segmento pode até estar, mas se estamos falando de um escritório de advocacia? Ou consultório médico? Ou uma seguradora? Enfim, façam este exercício para todas as suas contas e obterá alguns achados.
As dicas acima são preciosas para que possamos manter principalmente a saúde financeira da nossa organização em dia. Afinal de contas, unhas bem cuidadas e aparadas são sempre um excelente cartão de visitas e reflexo de zelo pela saúde.
Eduardo Bezerra é CEO da Exection, e conta com mais de 15 anos de experiência em conusultoria em gestão empresarial.
Fonte: Endeavor
http://endeavor.org.br/endeavor_mag/financas/gestao-de-custos/gastos-sao-como-unhas-devemos-sempre-corta-los
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