
O discurso da inovação é um dos mais batidos quando se fala em estratégia e administração de empresas. E, de fato, existe motivo para isso. A imensa quantidade de competidores nos diversos mercados torna compulsória a criação de diferenciais. Mais do que modismo, inovar é fundamental para empresa que deseja sobreviver.
Um lado lamentável dessa história é que ainda tem muito empresário que não percebeu a importância de inovar; ou que simplesmente não acredita que essa conversa toda seja verdadeira.
Outro lado é que muita gente pensa que inovar é uma coisa que depende de alta tecnologia e que somente está acessível a grandes empresas. Isso é falta de conhecimento.
É claro que lançar um iPhone não é para qualquer um. Mas é preciso destacar dois aspectos desse exemplo. Primeiro: esse é um caso de inovação com sofisticação, que requer uma capacidade de investimento de “gigante”. São anos de pesquisa, rede de fornecedores em escala mundial, unidades de produção com recursos avançados e estrutura comercial globalizada; entre outros fatores. O segundo aspecto a ser destacado é que inovar, por si só, não garante sucesso. Muitas daquelas pessoas que enfrentaram horas na fila para comprar um iPhone, agora reclamam que as promessas não corresponderam às expectativas. Inovação, portanto, pode trazer mais frustração do que satisfação. Principalmente, quando se cria uma áurea de algo muito “extraordinário”, “fantástico”, “jamais visto”.
Porém, existem inovações simples que podem se transformar em grandes negócios. Tudo depende da visão de quem está à frente da oportunidade. Pois, como dizem, “as oportunidades estão aí para todos”, a diferença é que uns sabem, além de enxergá-la, agarrá-la, domesticá-la e ganhar dinheiro com ela. Quer exemplos?
Veja o caso da Chilli Beans, famosa marca de óculos escuros. O que eles fazem? Eles importam óculos escuros da China. Ora, óculos escuros é um produto comum, tem até camelô vendendo na praia. A diferença está em dois fatores: um de inovação básica, outro nem tanto. A marca oferece produtos de design arrojados, com lançamentos de novos modelos toda semana – esse é o exemplo básico. Além disso, criou o conceito de espelho digital: o cliente experimenta, tira quatro fotos digitais na hora e pode ver seu rosto em vários ângulos, com os óculos que deseja comprar. Como é que ninguém pensou nisso antes? Hoje a empresa é uma rede de varejo com 170 pontos no Brasil e lojas em Lisboa e Los Angeles.
E que tal um “chaveiro bolha”? Lembra daqueles plásticos que embalam produtos frágeis? Você também adora estourar as bolhas? Pois é, agora você pode ter um chaveiro que faz a mesma coisa, com a diferença de que não acaba nunca, e se você enjoar do som pode variar entre cem opções, cada uma mais exótica do que a outra. E o que você acha de ter um abajur no seu celular, para não ser mais repreendido em teatros, cinemas ou outros ambientes? Na realidade, o abajur é uma pequena e discreta lâmpada que acende quando seu celular é chamado, e que funciona a até dez centímetros de distância, mesmo que seu celular esteja no silencioso ou guardado na bolsa. Ou ainda, o que você acha de ser acordado com um despertador que não faz barulho? O aparelho funciona através de um anel que emite vibrações. Basta colocar no dedo e dormir em paz. Na hora programada, você será acordado.
Esses são apenas alguns exemplos, de como inovações podem ser feitas a partir de coisas simples. O segredo está na idéia, na ousadia e na coragem de implementar. Afinal, sempre vai aparecer um chato para perguntar “será que vai dar certo?”, “isso já existe?”, “alguém já testou?” e coisas do tipo.
Nem toda inovação é um sucesso. Esse é o maior motivo para que você inove, sempre.
(Escrito com o apoio das informações do site www.thetoptips.com.br)
24 de julho de 2007
Jornal de Hoje
Carlos Von Sohsten:
Administrador, Casado, natural de São Paulo/SP, 37 anos, residente e domiciliado em Natal/RN.
Master of Business Administration (MBA) em Gestão de Negócios, pela FGV/RJ, 2005.
Pós-graduado em Marketing pela Universidade Potiguar - UnP, 1997.
Especialização em Finanças, FGV/SP, 1994.
Especialização em Controladoria, FGV/SP, 1994.
Especialização em Administração de Marketing, FGV/SP e ESPM/SP, 1994.
http://www.carlosvonsohsten.com/artigos/index.php?link=Ver&id=160
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