sábado, 16 de novembro de 2024

Artigo: Seguros de pessoas e previdência complementar aberta no Brasil - Um estudo sobre os diferenciais de mortalidade por nível educacional

 

O objetivo deste estudo é verificar se as desigualdades por nível educacional encontradas na população em geral também se confirmam entre aqueles que aderiram aos seguros de pessoas e/ou previdência privada aberta no Brasil entre 2012 e 2017. Este estudo é precursor na estimativa dos diferenciais de mortalidade por nível educacional em populações com seguros de pessoas e previdência privada aberta no Brasil. A pesquisa contribui com a compreensão dos fatores socioeconômicos relacionados às condições de vida e, consequentemente, à mortalidade. Os resultados mostram que, mesmo em uma população que registra taxas de mortalidade mais baixas e expectativas de vida mais elevadas em comparação à população brasileira em geral, o nível educacional tem um papel relevante como fator protetivo. Os dados de população e de óbitos foram fornecidos por 23 grupos seguradores. Por meio de um acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência Social, o Laboratório de Matemática Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LabMA/UFRJ) forneceu a lista dos segurados a esse ministério, os dados foram cruzados com informações governamentais e devolvidos ao LabMA/UFRJ com a identificação de escolaridade, quando disponível, bem como a indicação dos falecidos, completando os registros das empresas. Em seguida, foram elaboradas tábuas de mortalidade da população segurada por nível educacional. Para obtenção de tábuas suavizadas, foi aplicada a lei de Heligman e Pollard com abordagem bayesiana, via simulação de Markov Chain Monte Carlo (MCMC). No período de 2012 a 2017, dentre os brasileiros que usufruíam dos seguros de pessoas e de previdência complementar aberta, os homens com alta escolaridade tinham, aos 60 anos, uma expectativa de vida de 5,6 e 6,6 anos maior em comparação àqueles menos escolarizados, nas coberturas de mortalidade e sobrevivência, respectivamente. No caso das mulheres, a comparação entre as mais escolarizadas e as menos escolarizadas mostra uma diferença de 2,7 anos na cobertura de mortalidade e 5,4 anos na cobertura de sobrevivência.

Autores:
Ana Carolina Soares Bertho
Escola Nacional de Ciências Estatísticas, Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image
Natália da Silva Fernandes
Escola Nacional de Ciências Estatísticas, Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image7
Thais Cristina Oliveira da Fonseca
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Matemática, Departamento de Métodos Estatísticos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image
Bruno Alexandre Soares da Costa
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Matemática, Departamento de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image
Rodrigo Lima Peregrino
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laboratório de Matemática Aplicada, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, Programa de Engenharia de Sistemas e Computação, Rio de Janeiro, RJ, Brasil SCImago image

Veja:

https://www.scielo.br/j/rcf/a/qrH9dNNkhv3ncbYdZNSRc9C/?format=pdf&lang=pt


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